Ressaca olímpica com Toffoli delatado: não tem preço

O noticiário político de nível nacional durante a Rio-2016 (e para além dela) girou em torno basicamente de:
a) discussões sobre cronograma (como os do impeachment de Dilma Rousseff no fim de agosto, da cassação de Eduardo Cunha em 12 de setembro e das votações de medidas de ajuste fiscal no Congresso Nacional);
b) ‘DR’ (debate de relação) entre o governo de Michel Temer e o PSDB, que vem cobrando do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, menos preocupação com sua eventual candidatura em 2018 que com as medidas necessárias para combater a crise econômica no país;
c) desdobramentos processuais de casos já conhecidos (como mais um ex-tesoureiro do PT, Paulo Ferreira, virar réu; e o ministro Teori Zavascki autorizar abertura de inquérito contra Dilma, Lula, José Eduardo Cardozo e Aloizio Mercadante por obstrução de Justiça na nomeação de Lula à Casa Civil e de Marcelo Navarro ao Superior Tribunal de Justiça – STJ);
d) bico fechado da esposa e do primogênito de Lula, Marisa Leticia e Lulinha, que optaram pelo silêncio providencial à Polícia Federal sobre o sítio de Atibaia;
e) e especulações sobre delações de personagens do petrolão (como Marcelo Odebrecht e Renato Duque, este que, segundo o Estadão, também deve citar e complicar PT, Dilma e Lula, contra quem teria até provas documentais).
Quem se desligou integral ou parcialmente das questões políticas durante os Jogos, portanto, não perdeu muita coisa.
Agora, no entanto, no fim de semana de encerramento da competição, a capa de VEJA rompeu o marasmo olímpico do noticiário político com a menção do empreiteiro Léo Pinheiro ao ministro do Supremo Tribunal Federal e advogado de carreira no PT, Dias Toffoli.

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